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CONFUSÃO, AGRESSÕES E POLICIAMENTO

A votação de impeachment do presidente Augusto Melo no Corinthians foi suspensa e terminou com muita confusão.

Mesmo com o forte policiamento no Parque São Jorge e protestos da torcida, que compareceu em menor número em comparação à última reunião, mas protestou contra a possível destituição do mandatário, o conselheiro Sergio Janikian, ex-diretor adjunto de futebol em 2015, foi cercado e chegou a ser agredido por pessoas que estavam no clube.

Antes de votar o impeachment de Augusto, os conselheiros deveriam participar de uma outra votação para definir se o processo de destituição seria levado adiante. Esta primeira parte do encontro durou mais de quatro horas e foi marcada por um clima quente, com momentos de tumulto entre opositores e aliados de Augusto Melo.

Foram, ao todo, 126 votos a favor e 114 contra, dando prosseguimento à votação de impeachment do mandatário. Contudo, devido ao horário, a reunião foi suspensa. Além disso, por conta da demora, alguns conselheiros foram embora. A tendência é que um novo encontro seja convocado para a próxima semana, quando os membros do Conselho votarão diretamente para o impeachment.

Após a confirmação da suspensão, Augusto Melo deu uma forte declaração contra Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo, com quem já havia se desentendido mais cedo.

"O que prejudica é ter um presidente do Conselho como o Tuma, completamente parcial e que está trabalhando para eles, advogando em causa própria. Não deixou a gente se defender, não deixou fazer nada, é um ditador. Está na hora de acabar. Corinthians está nessa situação porque tem um cara desse presidindo o conselho, não tem moral alguma para isso. Meus advogados vão cuidar disso. Ele vai marcar uma nova data, acharam melhor por segurança, muitas pessoas de idade. Essa política é muito suja, principalmente no conselho, alguns conselheiros. Enquanto eles não forem banidos, o Corinthians nunca vai sair disso. Com certeza a gente reverte, ele foi ditador em todos os sentidos. Confusão teve porque ele advogou por ele, comentou e julgou. Aí virou tumulto. Ele virou ditador. Não tem moral e competência para dirigir o conselho."

O caso é assim:

Caso a maioria simples no Conselho aprove o impeachment de Augusto, o presidente será afastado imediatamente do cargo, que será assumido de forma temporária por Osmar Stabile, primeiro vice-presidente do clube.

Se o Conselho der parecer positivo quanto ao impeachment de Augusto, Romeu Tuma terá de definir uma data para a Assembleia Geral, que é a última instância do processo de destituição, com a participação dos associados do clube.

Nesse cenário, Augusto permaneceria afastado de suas funções até a divulgação do resultado final da Assembleia Geral. Se os sócios endossarem que ele deve deixar o cargo, o mandatário será definitivamente destituído.

Se o impeachment não passar no Conselho Deliberativo, o caso será encerrado e Augusto Melo continuará normalmente no cargo de presidente. No entanto, vale lembrar, há um outro processo de destituição correndo paralelamente, este a pedido do Conselho de Orientação e motivado em dados técnicos e números apresentados no último relatório do órgão sobre as demonstrações financeiras do primeiro semestre da gestão, e que também pode vir a ser votado no Conselho Deliberativo.

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